sexta-feira, 11 de maio de 2012

Luz e Sombra que jogo é esse?

Estamos utilizando o termo “sombra” tendo como referência estudos em psicoterapia junguiana, cujos autores Connie Zweig e Steve Wolf, os mais recentes pesquisados, nos orientam para uma análise e reconhecimento do nosso lado sombrio. Segundo esses autores, em seu primeiro aspecto, a sombra é um quarto escuro, onde imagens e sonhos jazem adormecidos e o trabalho de autoconhecimento seria um processo pelo qual essas imagens e sonhos retornassem à vida.

Em seu segundo aspecto, a palavra sombra se refere aos conteúdos dos nossos pensamentos, às imagens arquetípicas reconhecidas imediata e intuitivamente como uma parte em nós que nos perturba: uma bruxa, um sádico, um sabotador, um mentiroso, uma vítima, um viciado. Além disso, essa palavra é usada também para os talentos latentes e os impulsos positivos que foram banidos na nossa infância: talentos artísticos, musicais, atléticos ou poéticos.

Em seu terceiro aspecto, o termo sombra se refere ao aspecto sombrio, ao lado escuro nosso ou de um arquétipo nosso: a mãe, o pai, irmão mais velho, deus, diabo, etc. Como a maioria de nós é treinada desde a infância a separar Deus do Diabo, o bem do mal, não conseguimos aguentar a tensão desses lados opostos durante muito tempo. Em vez disso, procuramos heróis idealizados, sem máculas, na tentativa de permanecermos otimistas e com esperanças. Ou, uma parte de nós cansada e cínica, espera sempre o pior nos outros. A alternativa para esta cisão, como mostram os autores acima, é cortejar a sombra como uma forma de VER e de CONHECER. E este é um longo e até, doloroso processo necessário a todos que se dispõem ao autoconhecimento com autenticidade e intimidade.

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