A Lei da Mutação nos apresenta contínua, circular em acontecimentos
complexos conectados entre si e ao universo.
Acessar o I Ching, como uma das
possibilidades de analisar nossas mutações é imergir na complexidade aparente
do universo. Pois, apesar dos incontáveis fenômenos e sua distinção uns dos
outros, em suas tendências de mudanças, descobrimos também, o fácil, o simples,
o repouso, o duradouro, o espontâneo, a adaptação, a resistênica, etc, ou seja,
aspectos de um só todo, o conceito do “I”, ou de suas 64 estruturas lineares.
Daí que o I Ching é mais do que um oráculo. É, antes, um livro de sabedoria,
cuja leitura implica em formular perguntas. Aí está todo o êxito ou fracasso da
“consulta”, no sentido da sua compreensão ou não. Como oráculo milenar é um
livro infalível, pois esta é a natureza dos oráculos em suas respostas claras e
precisas. Porém, nosso entendimento é, por vezes, turvo e confuso. O oráculo
mostra, mas nem sempre, conseguimos ver, pois não queremos ou não sabemos.
O poder de um oráculo é: a manifestação
do nosso inconsciente, daí sua linguagem simbólica e própria. Para que
consigamos ver significado nas respostas obtidas, precisamos aprender o modo de
concatenação dessas imagens simbólicas nas nossas situações apresentadas como
perguntas e não insistirmos em decodificá-las, seguindo padrões estranhos de
nossa cultura. De início, precisamos saber com clareza o que buscamos, o que
desejamos explicitar para nós mesmos e formular corretamente a pergunta nesse
sentido. A pergunta correta se caracteriza por sua intenção e forma, sua
adequação ao propósito e finalidade do livro, que é auxiliar-nos na busca das
nossas verdades, na busca de nós mesmos, ou, a busca do autoconhecimento.
Na próxima semana: Uma consulta com Wander Marcos.
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