Esse dilema se configura ao observarmos que a emergência do paradigma ambiental tornou-se evidente, principalmente porque, ao coincidir com as primeiras conferências de reforma administrativa do Estado, sob a égide das Nações Unidas, deixou de lado as questões sociais emergentes nesse debate e restringiu a participação dos diferentes grupos e nações, tornando-se socialmente insustentável.
Foi a partir da crise do petróleo em 1973 que entrou em xeque o modelo técnico-burocrático de Estado até então conhecido no mundo. Um ano antes, havia sido realizada a Conferência das Nações Unidas sobre o Homem e o Meio Ambiente, em Estocolmo, na Suécia. Nesse encontro, no qual os chefes de Estados de todo o mundo debateram questões sobre meio ambiente e desenvolvimento, foi dado um alerta quanto ao esgotamento dos recursos naturais do planeta, caso persistissem o modelo econômico atual. Em meio a medos da perda do poder pelas nações ricas e a oportunidade de emergir das nações pobres, o traço comum entre ricos e pobres nesse contexto é que, em nenhum dos lados a sociedade e cidadãos sequer foram ouvidos.
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