segunda-feira, 2 de abril de 2012

Você é o que você come, de verdade.

Existe hoje em dia esse discurso: "Comer naturalmente é melhor". Em contrapartida, observar a qualidade dos alimentos tornou-se subjetivo, enquanto confiamos em termos como "orgânico", "ecologicamente correto" e "saúde alimentar". Ao começar a escrever, me deparei com algumas questões. vou colocá-las aqui para que todos nós possamos avaliar o nosso comportamento:

1. Do que adianta nos encher de grãos e termos uma deficiência de cálcio, proteínas ou até mesmo gorduras? (Eu sei que alguns grãos tem proteína, como a soja, mas questiono a super valorização do orgânico).

2.Pegando o gancho: o que é o orgânico? Não queremos nos intoxicar com agrotóxicos, mas até onde podemos dizer que o uso de um corretivo no solo inviabiliza a agricultura orgânica?

3.Por outro lado, o ecologicamente correto precisa realmente ser mais caro?

4.Sendo esses alimentos orgânicos ou não, qual a real necessidade de ingeri-los?

O importante aqui não é discutir a natureza desses alimentos. Eu até acredito que eles sejam sim melhores e dou preferência na hora de comprá-los, pela sua origem e sua qualidade. Mas quero discutir se sabemos de verdade quando estamos com fome ou se nos alimentamos pelo prazer de comer, ou até mesmo pela convenção cultural. Por outro lado, temos que confrontar a saúde alimentar, ou seja, a necessidade de consumo calórico diário estabelecida pelo OMS, com o gosto alimentar, ou seja, aquilo sentimos necessidade de comer, a partir do nosso aprendizado cultural.

Enfim, para mim, temos que cuidar da nossa alimentação, que vai muito além do orgânico, recuperando a história cultural e regional da alimentação e extraindo ali conhecimentos e receitas saudáveis. O objetivo: o equilíbrio.

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