O que percebemos na dupla face do discurso econômico é que, se de um lado parece progressista e humano, ao se dizer preocupado com o futuro da humanidade. De outro, realiza aquilo que é de sua natureza fazer: competição, injustiça social, depredação dos recursos, etc, encoberto sob o véu da ineficiência do poder público. A urgência em refletir essas questões com clareza e honestidade se torna cada vez mais presente, em especial no Brasil onde, sabemos, há um descaso político-econômico em enfrentar esses temas.
Nosso desafio é, ainda, a construção de um sistema de gestão ambiental independente, transparente, participativo, integrado, ético-responsável tanto no planejamento quanto nos procedimentos e processos, que seja voltado para a sustentabilidade sócio-ambiental e não apenas econômica e política.
O conceito de discurso competente é inspirado em Marilena Chauí que, em seu livro Cultura e Democracia apresenta, muito à frente de nosso debate, o que vem a ser essa forma específica de ideologia.
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